... eu nem sabia que a Record havia lançado uma coletânea de FCB (Futuro Presente), até ler as resenhas de Octávio Aragão e a de Antônio Luiz Costa
Eu não posso senão ter a pior das impressões ao ler sobre os contos selecionados. Aparentemente, temos 400 páginas de pastiches de americanos como nem eles mais fazem, preconceitos raciais e de outros sabores, vieses políticos, "common-sense" - e as aspas não estão ai por ser um termo em língua estrangeira - e, impensável para o gênero: a mais pura desinformação científica. Não aquela que se resolve ignorar em prol de uma estória, de uma idéia, a la Bradbury: mas a da plena ignorância. Nada mais retrógrado do que ficção-científica? Pois, pois...
O que me faz lembrar de John Woodman Campbell, mítico - e folclórico... - editor americano que montou a dita Idade de Ouro da FC gringa, ao incluir também um embasamento maior, em termos de ciência: ao contrário do que se pode pensar, estórias assim também podem render boas e divertidas narrativas.
Parece-me claro que as referências e preocupações científicas dos escritores desta coletânea, em um bom dia, são de documentários dos canais History ou Discovery -- mas se isso é verdade, também o são as de quem quer que tenha sido o editor desta coletânea. Isso, pela questão científica - pelas opiniões pessoais expressadas, nem vou me alongar.
Ou seja, como fica mesmo aquele lance de se escrever sobre aquilo que se entende?
Se alguma resenha conseguiu me afastar de um produto, foram essas duas.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
terça-feira, 24 de novembro de 2009
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Dias da Peste...
... de Fábio Fernandes, pela Tarja Editorial. Há um excerto aqui. Acabei de ler (curiosamente, logo após ter assistido o último episódio da 1a. temporada de Dollhouse e disto aqui me ter caído em mãos, leitura promissora aliás), sabendo que seria algo que gostaria, como vem sendo com tudo que leio dele.
Este excerto já me ganhou pela introdução, apresentando a estória como sendo algo dentro de outra estória. No caso, a estória central, passada nos dias presentes, com o protagonista, é alvo de uma análise posterior, cem anos no futuro: há diversas notas de rodapé ao longo do texto, compreensível para nós, mas não inteiramente para "eles" que, pela introdução, estão bem mais integrados - amalgamados - com os computadores. Até onde li, isto de forma alguma interfere com a leitura.
Será uma boa aquisição para fim de ano.
Este excerto já me ganhou pela introdução, apresentando a estória como sendo algo dentro de outra estória. No caso, a estória central, passada nos dias presentes, com o protagonista, é alvo de uma análise posterior, cem anos no futuro: há diversas notas de rodapé ao longo do texto, compreensível para nós, mas não inteiramente para "eles" que, pela introdução, estão bem mais integrados - amalgamados - com os computadores. Até onde li, isto de forma alguma interfere com a leitura.
Será uma boa aquisição para fim de ano.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Warehouse 13
Vem passando na Warner, #47 da Net. É no mesmo esquema de Fringe e, claro, Arquivos X, ainda que a idéia básica seja bem anterior: investigadores do paranormal indo, a cada episódio, atrás da verdadeira fonte de estranheza e horror acontecendo em algum lugar.
O "Armazém 13" fica em um ponto longínquo no Dakota do Sul, e abriga diversos artefatos sobrenaturais e paracientíficos: sabem aquele armazém do final de Caçadores da Arca Perdida e do início de Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (quando é revelado chamar-se Hangar 16, em uma outra referência de Teoria da Conspiração), onde até o aliens de Roswell se encontram? Exatamente aquilo. É uma estrutura especial para abrigar tanta estranheza junta, havendo sido construído em 1914, por Thomas Edson, Nikola Tesla e M. C. Hescher. Onde estão os outros 12? Ao longo da História, a Biblioteca de Alexandria teria sido um deles...
As referências steampunk, aliás, vão embora: do videofone portátil à pistola de descargas elétricas de Tesla, sempre há alguma invenção genial de um século de idade. Os objetos problemáticos incluem coisas como o pente de cabelo de Lucrécia Borgia que faz com que mulheres passem a se comportar como megalômanas psicopatas, apenas para citar um episódio que vi.
A estrutura é bem simples: os protagonistas, um homem e uma mulher, são uma dupla de agentes federais transferidos para lá, sem saber exatamente o que diabos é aquilo, de cara se detestam e têm que conviver um com o outro. Fatalmente irão para a cama alguma hora, mas a gente não liga para isso. Há um agente veterano do W 13 enfurnado lá dentro, como um zelador do lugar. Mas aos poucos, algumas estórias dos personagens vão sendo reveladas, havendo mais do que aparenta.
A série tem um bom-humor que me vendeu, ao contrário de produtos semelhantes. Parece que já renovou para a próxima temporada. Procurarei acompanhar.
Link da wiki aqui.
O "Armazém 13" fica em um ponto longínquo no Dakota do Sul, e abriga diversos artefatos sobrenaturais e paracientíficos: sabem aquele armazém do final de Caçadores da Arca Perdida e do início de Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (quando é revelado chamar-se Hangar 16, em uma outra referência de Teoria da Conspiração), onde até o aliens de Roswell se encontram? Exatamente aquilo. É uma estrutura especial para abrigar tanta estranheza junta, havendo sido construído em 1914, por Thomas Edson, Nikola Tesla e M. C. Hescher. Onde estão os outros 12? Ao longo da História, a Biblioteca de Alexandria teria sido um deles...
As referências steampunk, aliás, vão embora: do videofone portátil à pistola de descargas elétricas de Tesla, sempre há alguma invenção genial de um século de idade. Os objetos problemáticos incluem coisas como o pente de cabelo de Lucrécia Borgia que faz com que mulheres passem a se comportar como megalômanas psicopatas, apenas para citar um episódio que vi.
A estrutura é bem simples: os protagonistas, um homem e uma mulher, são uma dupla de agentes federais transferidos para lá, sem saber exatamente o que diabos é aquilo, de cara se detestam e têm que conviver um com o outro. Fatalmente irão para a cama alguma hora, mas a gente não liga para isso. Há um agente veterano do W 13 enfurnado lá dentro, como um zelador do lugar. Mas aos poucos, algumas estórias dos personagens vão sendo reveladas, havendo mais do que aparenta.
A série tem um bom-humor que me vendeu, ao contrário de produtos semelhantes. Parece que já renovou para a próxima temporada. Procurarei acompanhar.
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