Rapaz, como tem coisa!
quarta-feira, 27 de abril de 2011
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Space Blooks 2
Space Blooks foi o nome do evento, ano passado, de alguns dias de palestra na livraria Blooks, situado à praia de Botafogo, 316, no Unibanco Arteplex, com o tema de Ficção-Científica e pondo nomes nacionais envolvidos com literatura fantástica.
O organizador, Octávio Aragão, twitou d'alguns dias atrás sobre o evento, este ano (aliás, maneiro, não sabia que dava pra obter este efeito):
Octavio_Aragao Octavio Aragão
E as datas: 30 e 31 de maio. Formato diferente do ano passado.#SpaceBlooks2
Octavio_Aragao Octavio Aragão
Já adianto os temas: Mashup, Alta Fantasia e New Weird.#SpaceBlooks2
Octavio_Aragao Octavio Aragão
Em casa. Daqui a pouco começo a enviar os convites para os participantes do #SpaceBlooks2
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Isaac Asimov
O primeiro livro de ficção-científica que eu li foi uma edição da CEDIBRA de Eu, Robô, emprestado de uma prima minha, há muito tempo. O dano já havia sido feito alguns anos antes, com Guerra nas Estrelas, que tive a euforia ao assistir no cinema em quando passou no Rio em 78 - sim, houve uma época em que os filmes demoravam até chegar na periferia do império -, mas através daquele livro eu entrei na FC através das letras.
Eu, Robô, de alguma forma não me soava tão "moderno" como a FC de Guerra nas Estrelas (ou mesmo de Jornada nas Estrelas ou, que diabos, Perdidos no Espaço) , mas lembro que as histórias contadas intrigavam. Eram enigmas e a prova da exceção em um sistema de regras aparentemente perfeito, com as Três Leis da Robótica a gerenciar os avançados cérebros positrônicos, o núcleo da inteligência artificial de computadores e robôs de forma humanóide. Em um mundo de ordem prevista, Asimov inseria o caos. Claro, nada traumático, escritores da antiga como ele ou Clarke eram otimistas, antes de mais nada: tudo acabava bem.
Eram também histórias vivendo uma espécie de microcosmo, nada do alcance do destino de galáxias ou da raça Humana (ainda viria a ser apresentado a Fundação anos depois), apesar do conto final tratar das Três Leis em uma escala global. Os personagens, não exatamente desenvolvidos, talvez exatamente por não se saber muito além de seus nomes e função, acabavam por me interessar, exatamente por sua falta de descrições: Mike Donovan, Greg Powell e, é claro, a Dra. Susan Calvin, psicóloga de robôs.
Outro livro dele que lembro com carinho (e que espero, seja devolvido em breve e inteiro...) é O Futuro Começou (The Early Asimov), pela editora Hemus, espécie de autobiografia, com diversos de seus primeiros contos comentados, antes e ao final, a partir de anotações em seus diários pessoais. Apesar de gostar das histórias, para mim o melhor eram as anotações pessoais, onde um estilo bem humorado fluia. Semelhante é O Mundo da Ficção Científica (Asimov on Science Fiction), pela ed. Fransisco Alves, um livro sobre o gênero, que acho que qualquer interessado francamente deveria ler.
Asimov escreveu mais de 300 livros, sobre praticamente qualquer assunto. Era grande divulgador de ciência, ele próprio Ph.D em Química; embora fosse mais conhecido como escritor de Ficção-Científica.
Em 1977, devido a um enfarto, teve que se submeter mais tarde a uma operação para a instalação de marca passo, em 1983. Devido à falta de controle da época, pelas transfusões de sangue contraiu o vírus HIV, vindo a falecer de complicações nos rins em 6 de Abril de 1992. Aconselhado pelos médicos, não divulgou-se à época a causa da morte, por questões de preconceito, para proteger a família.
Uma pena. Poderia ter sido uma grande voz contra o preconceito e de esclarecimento sobre a questão, como a vida inteira foi.
Suas idéias influenciaram vários outros autores e programas, quando o assunto era inteligência artificial e robôs inteligentes, e ainda hoje em dia vê-se ecos aqui e ali. Ajudou, enfim, a dar forma à ficção-científica como a temos hoje em dia. Faz falta.
Obrigado, sinceramente, por tudo. Pelos livros, pelas idéias, pelos sonhos.
Eu, Robô, de alguma forma não me soava tão "moderno" como a FC de Guerra nas Estrelas (ou mesmo de Jornada nas Estrelas ou, que diabos, Perdidos no Espaço) , mas lembro que as histórias contadas intrigavam. Eram enigmas e a prova da exceção em um sistema de regras aparentemente perfeito, com as Três Leis da Robótica a gerenciar os avançados cérebros positrônicos, o núcleo da inteligência artificial de computadores e robôs de forma humanóide. Em um mundo de ordem prevista, Asimov inseria o caos. Claro, nada traumático, escritores da antiga como ele ou Clarke eram otimistas, antes de mais nada: tudo acabava bem.
Eram também histórias vivendo uma espécie de microcosmo, nada do alcance do destino de galáxias ou da raça Humana (ainda viria a ser apresentado a Fundação anos depois), apesar do conto final tratar das Três Leis em uma escala global. Os personagens, não exatamente desenvolvidos, talvez exatamente por não se saber muito além de seus nomes e função, acabavam por me interessar, exatamente por sua falta de descrições: Mike Donovan, Greg Powell e, é claro, a Dra. Susan Calvin, psicóloga de robôs.
Outro livro dele que lembro com carinho (e que espero, seja devolvido em breve e inteiro...) é O Futuro Começou (The Early Asimov), pela editora Hemus, espécie de autobiografia, com diversos de seus primeiros contos comentados, antes e ao final, a partir de anotações em seus diários pessoais. Apesar de gostar das histórias, para mim o melhor eram as anotações pessoais, onde um estilo bem humorado fluia. Semelhante é O Mundo da Ficção Científica (Asimov on Science Fiction), pela ed. Fransisco Alves, um livro sobre o gênero, que acho que qualquer interessado francamente deveria ler.
Asimov escreveu mais de 300 livros, sobre praticamente qualquer assunto. Era grande divulgador de ciência, ele próprio Ph.D em Química; embora fosse mais conhecido como escritor de Ficção-Científica.
Em 1977, devido a um enfarto, teve que se submeter mais tarde a uma operação para a instalação de marca passo, em 1983. Devido à falta de controle da época, pelas transfusões de sangue contraiu o vírus HIV, vindo a falecer de complicações nos rins em 6 de Abril de 1992. Aconselhado pelos médicos, não divulgou-se à época a causa da morte, por questões de preconceito, para proteger a família.
Uma pena. Poderia ter sido uma grande voz contra o preconceito e de esclarecimento sobre a questão, como a vida inteira foi.
Suas idéias influenciaram vários outros autores e programas, quando o assunto era inteligência artificial e robôs inteligentes, e ainda hoje em dia vê-se ecos aqui e ali. Ajudou, enfim, a dar forma à ficção-científica como a temos hoje em dia. Faz falta.
Obrigado, sinceramente, por tudo. Pelos livros, pelas idéias, pelos sonhos.
Assinar:
Postagens (Atom)