2021 fechando, obviamente que me sinto nostálgico. Ainda não executei nenhum dos meus projetos de romance, muito em parte por meu atual envolvimento com o Mestrado. Acabei reduzindo ao máximo minhas participações por aí, e é legal ver que editais de contos de literatura fantástica têm se tornado frequentes.
Portanto, acabei escrevendo alguns contitos... em Fevereiro, dias 3 e 5 (uma sexta e um domingo) escrevi Radiumgami MechaniKong, Go! (3.498 palavras) e Shangri La, Ao Luar de Verão (2.304).
O primeiro saiu na Não Existem Humanos Inteligentes, pela Selo Nebula de Lu Evans, que tomou como base o universo de O Planeta dos Macacos: valia tudo, de qualquer um dos filmes à série de desenho animado, etc. Fiz um conto recheado de referências pop sobre macaquices além e acima do dever se passando em uma espécie de II Guerra Mundial (ao menos como era na minha cabeça) só que com um King Kong turbinado. Lu e Saulo Adami organizaram esta.
Já o segundo foi para uma antologia de 'song fic' que infelizmente não saiu, o que foi uma pena, pois havia escolhido uma de minhas músicas favoritas, Kashmir, do Led Zepelin (o título é um de seus versos). Apesar de também ser referencial, a pegada é mais contemplativa e nostálgica. Mas foi bom conhecer o organizador João de Lucca, espero que futuramente possa haver novos projetos que eu possa participar.
Escrevi ambos em 48h, e são bem diferentes um do outro. Trabalhar com essa diferença foi parte da minha diversão.
Em Maio um grupo de jogadores e fãs de Vampiro - A Máscara resolveram fazer um concurso de contos. Participei com O Passageiro (2.156 palavras). A publicação ainda não saiu. Foi divertido voltar a um universo que eu não vi ainda neste século, salvo uma partida de sua 5a edição em 2019.
Nestes últimos dias de Dezembro resolvi participar de uma antologia aberta pela nova revista online, Prosaika, que procurava "ficção científica espacial". Espanei um conto quietinho aqui na gaveta virtual chamado A Vigília do Astronauta (3.961 palavras), e mandei dia 27 último. Ação e aventura, passado em um universo ficcional de Medistelara, criado e desenvolvido com Ana Lúcia Merege. Dois astronautas caçam um planeta fantasma, que tem o estranho hábito de surgir e desaparecer em pontos variados ao longo da História.
E hoje, dia 30, respondi a um edital atrás de contos retrofuturistas pela editora Cyberus. A Voz do Brazil (2.989 palavras) veio de um arremedo de conto que cheguei a assentar em algum lugar uns, talvez, dois anos atrás e nunca mais encontrei. Reescrevi o que lembro que era a ideia básica e procurei desenvolver até arranjar um fim, dentro do limite de 3.000 palavras. Eu prefiro que seja visto como dieselpunk, estética que gosto muito, mas entendo se quiserem reconsiderar.
Ao todo conto aqui 10.677 (Vigília não conta, pois é de alguns anos atrás) palavras. Para 2022, vamos ver. Há pelo menos um conto meu de anos recentes que será recauchutado para poder participar de uma antologia de 'fantasia histórica'. Talvez duas antologias eu consiga vir a co-organizar, uma com Gerson Lodi-Ribeiro dentro do alcance da space opera e outra com Ludmila Hashimoto, de contos de inspiração em Philip K. Dick. Corona Chronicles, com minha prezadíssima Ju Berlim, ainda aguarda decisões.
E tudo dando certo, ao fim de 2022 encerro meu Mestrado escrevendo um livro... vamos ver.