quarta-feira, 30 de março de 2022

Os Pilares de Melkart: financiamento coletivo

É com muita alegria que eu ajudo a divulgar esse projeto, todo da Ana Lúcia Merege : Os Pilares de Melkart! Para mais detalhes, vejam a descrição. Quem puder dar aquela força, pelo menos divulgue - a autora agradece. :)

https://www.catarse.me/pilares

Os Pilares de Melkart, no catar.se


Gente amiga, chegou a hora de compartilhar algo que venho preparando há muito tempo.
Vocês devem saber como sou fascinada por Mitologia e pelos épicos antigos. Alguns já devem conhecer os personagens que criei em cenários da Antiguidade e trouxe para os meus contos: Balthazar, o pirata e capitão mercante fenício, e o sonhador heleno Lísias. Agora, estou pronta para publicar um primeiro volume contendo as histórias da dupla, que vai levá-los a diferentes épocas e cenários do Mundo Antigo, desde a Creta de Minos à Jerusalém do Ano Um, passando por Tartessos e pelos bastidores do teatro grego.
Junto com a Editora Draco, preparei uma campanha onde explico tudo sobre o projeto. Vocês poderão perceber que é um trabalho bem elaborado, que requereu muita pesquisa, mas também contou com a minha imaginação e o meu desejo de, antes de tudo, contar boas histórias repletas de fantasia, aventura e um pouco de humor.
Convido vocês a visitar nossa página no Catarse e, se curtirem, a apoiar, não apenas com a aquisição do livro ou dos combos (o que, claro, seria fantástico!), mas também com divulgação, compartilhamentos, boca a boca... Tudo para levar nossos navegadores o mais longe possível!
Vou deixar o link nos comentários, e desde já agradeço, de coração, todo o apoio, carinho e boas vibrações. Que as Musas nos sorriam, pois aqui vamos nós!

terça-feira, 29 de março de 2022

Zona de Combate

Soldado e o Falcão Invernal.

Spoilers abaixo. Be warned.

 Zona de Combate (2021) estrela Anthony Mackie e uma cara conhecida que nunca sei o nome mais gente que não faço ideia. Entre quem não conheço, Damson Idris, no papel do protagonista, o tenente Harp, um piloto de drones que desobedece a cadeia de comando ao tomar a iniciativa de atacar, gerando a morte de dois soldados americanos.

Nas suas duas horas, é um filme com alguns temas e mensagens, ao menos que eu tenha percebido.

Por uma, tem o militar americano que aprende em primeira mão a brutalidade da guerra, após uma carreira como piloto de drones vendo tudo 'como um videogame': talvez essa 'história de redenção' cole se você for americano, não me admiraria se fosse uma forma de amortecer alguma sensação contínua de vilania que as massas possam estar ou vir a sentir - nem é o primeiro filme a abordar essa premissa.

Afinal, situado no futuro próximo de 2039, é em plena Ucrânia, envolvendo invasões russas, movimento de resistência, zonas desmilitarizadas, terroristas e etc.

Um outro tema é a IA que sai do controle, manipulando e passando a perna em seus criadores, que é um tema que tem surgido ultimamente em filmes como Ex_Machina: Instinto Artificial (2014), Archive (2020) e I Am Mother (2019). Complexo de Frankenstein, como nos alertava Asimov (o clichê, em sua época já, de 'homem cria robô, robô mata homem')? Provavelmente sim, mas cada filme tem o seu próprio take no que faz o filho rebelde da Humanidade.

... muitas e mais palavras desde aquela época.

No caso, a IA em questão (Leo, papel do antagonista interpretado pelo Falcão) de fato quer partir da pra grosseria em larga escala, manipulando toda uma complexa situação para provocar um ataque nuclear que só a Resistência quer em cidades americanas, desejando que isso pare a principal nação guerreira do mundo de suas práticas - levando em conta a própria criação, uma máquina tão sofisticada que sua inteligência consegue enrolar seres humanos, não bastasse ainda ser uma lean mean killing machine: o próximo passo de drones de combate, que já não estão somente no ar, mas também em terra.

Temos aqui, inclusive, o tema de drones na guerra, com a ideia de que eles não são nenhuma resposta ideal: de novo, a ideia de 'perdas aceitáveis' vira e mexe permeia e assombra.

From Russia, with love.

O problema é, que apesar da parte mais interessante do filme seja justamente a - presumível - mudança de pensamento de um Harp conflitado (a respeito do que sejam "perdas aceitáveis"), enquanto vai sendo manipulado a cada cena por Leo e um grande debate ético entre eles (comprimido entre cenas de ação e outras cenas da história), a linha de argumentos de Leo é tão convincente que o argumento de Harp ao final do filme parece batido demais como clichê, talvez apenas colando... se você for americano.

Ou, porque não há outra forma de se pensar/almejar: se por esperança ou conformação, bem...

No final, considerando tudo, o filme é interessante e bem recheado até, para suas duas horas. Mas eu não priorizaria.

Perdas aceitáveis, ou: no dos outros é refresco.

domingo, 20 de março de 2022

Caranguejo Negro

A Garota Com Tatuagem De Não F*** Meu Juízo

Aviso: Spoilers abaixo.

Caranguejo Negro (2022) é um filme sueco disponível na Netflix e se passa em um futuro próximo (o filme é considerado pós-apocalíptico) - na verdade, poderia ser nos dias de hoje - onde uma guerra civil aflige um país nórdico - supõe-se, a própria Suécia.

Claro que, em tempos de invasão russa na Ucrânia, é difícil pensar em acaso, nessas horas. Mas talvez para não piorar qualquer pré-disposição; o fato é que a trama é econômica nas descrições: há nós, e há eles, os inimigos. Nenhuma pista é dada, salvo uma breve menção a uma guerra civil logo no início, um passado ao qual se volta de vez em quando em flashes e sonhos: após longos e dolorosos anos, tudo o que há é a guerra, retratada no presente.

Às vésperas da derrota certa pelo lado dos seis protagonistas, eles recebem a missão de alcançar uma ilha distante de onde estão, alcançável pelo gelo não por veículos ou barcos, mas patinando, para entregar um pacote misterioso, e com isso, vencer a guerra de uma vez por todas.

É um clima sombrio, onde motivações apresentadas podem levar a atitudes de desconfiança o tempo todo. 

Ao seu modo, talvez não deixe de ser um 'road movie'...

A viagem dos seis soldados pelo arquipélago congelado é o grande atrativo do filme. O gelo é repensado como só alguém, creio, de uma cultura que convive com o fenômeno poderia. Ligando ao estresse e os horrores da guerra, a passagem sobre o gelo e sob uma lua e céus nublados e cinzentos revela paisagens em geral não representadas, com deques de madeira abandonados, barcos e navios tombados, restos mortais de outra época nem tão distante assim - tudo saindo de debaixo do gelo, além de uma (nem que involuntária) assombrosa repaginação do Pântano dos Mortos em As Duas Torres

Nesse breve aspecto, o filme pode lembrar até mesmo de Apocalypse Now, e a viagem da lancha canhoeira rio acima, pelas selvas do Vietnã e encontros e ocorridos ao longo do caminho sendo perigosos e inusitados.

Fotografia que impressiona.

Do elenco, conheço somente Noomi Rapace, cuja personagem é obcecada em encontrar sua filha, separadas por soldados anos atrás. A moral cambiante dos tempos extremos é medida por sua motivação. Os demais atores não conheço ou reconheci de outros papeis, alguns deixando sua breve marca em personagens, como nesse tipo de filme e trama ocorre, descartáveis.

Recomendo.

sábado, 19 de março de 2022

Duas lives recentes...

 ... para se assistir, em comum abordando as agruras do mercado editorial brasileiro de literatura fantástica, são as do Eduardo Kasse entrevistando Ogan N'thanda e o Nana Conversa com Octavio Aragão - ambas além de outros assuntos, bem elaborados e desenvolvidos por anfitriões e convidados. 


Reomendo. 

quarta-feira, 2 de março de 2022

Mundo Punk: financiamento coletivo

  Ok, a antologia Mundo Punk, da qual participo com A Voz do Brazil está no catar.se... é uma antologia com diversos modos de retrofuturismo em seus escritos. O meu aborda - espero - o dieselpunk, um sucessor estético e espiritual do mais famoso steampunk... 



É isso. Espero que gostem.