Acaba sendo um pouco difícil para mim falar algo mais do que já foi dito sobre Psicopompo, até mesmo nas páginas de apresentação da obra. Ainda, tem uma entrevista com eles aqui, e outra, de 2015, aqui. Só posso dizer que tudo aventado foi entregue, e a contento.
Psicopompo: após tantos anos sendo planejado, eis finalmente o fruto dourado do sol.
A história é relativamente simples: em uma disputa de futebol entre meninos no campinho de uma favela, a batalha cósmica que define o fim de uma era ou ciclo está acontecendo. O anonimato do evento não torna o confronto menos importante ou decisivo, enquanto agentes imortais tentam influenciar sua decisão.
Eu disse, "relativamente".
O enquadrar e o reenquadrar.
O texto é de Octavio Aragão e a arte, de Carlos Hollanda, e como em toda boa parceria, um influenciou o outro durante o processo. Ambos são acadêmicos e profissionais com interesses e formação férteis para pensar em significados: quadrinhos, ficção científica, design, astrologia, arte e história da arte. O resultado é uma rica colheita esotérica-semiótica hipnotizante, especialmente em se tratando das cores... as cores... ah-ham. A arte passeia por significados não totalmente óbvios na primeira passada de olhos. É das obras que gostamos de apreciar, após a história lida, por suas páginas.
E Megiddo, quem diria, foi parar em Irajá.
Psicopompo
84 p.
Caligari, 2020.
5 comentários:
Caceta, agora vieram lágrimas aos olhos… muito obrigado, Felipe.
Imagina. O mérito é inteiro de vocês.
Parabéns pela resenha! Direta ao ponto!
Rapaz!!! Acho que vou começar a acreditar que fiz um bom trabalho na parte visual. Super-Luiz, muito obrigado pela resenha! Foi um "atropelamento" de felicidade. :-)
Digo e repito, o mérito é inteiro de vcs!
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