... que viraram retrô. Eu amo isso.
Esse último aqui é motivo de discussão. Eu falo que FC aqui no Brasil é literatura de gueto, nego fica puto. Mas é.
FC é coisa de país industrializado, de tecnologia e ciência hard, e que sobretudo, como parte do investimento na indústria, acostuma a população a crer que a felicidade material está logo ali, daqui a alguns poucos anos. Ou seja, acaba acostumando a população que o esquisito tem sim, a ver com você e sua vida. A tecnologia entra no imaginário coletivo. Sem isso, não dá.
E não adianta dizer que Star Wars, Matrix e Arquivos X fazem sucesso, porquê ai é a) é uma questão de "filmes de ação" e b) uma questão de veículo, de mídia, e não de gênero. Repitam depois de mim, amiguinhos: hábito de ver televisão/ir ao cinema não gera hábito de leitura. Na melhor das hipóteses, um meio-termo, um suporte que tanto dependa de imagem como de texto: as histórias em quadrinhos.
Aqui no fazendão, se você quer escrever Horror, Fantasia, Realismo Mágico, vai fundo. Mas FC? Pouco provável.
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domingo, 3 de maio de 2009
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Três Hipóteses...
... por que eu acho que FC, literatura, não emplaca no Brasil.
1) O Brasil é um país de industrialização tardia, que acabou por não conseguir imprimir uma 'cultura tecnológica' que tenha passado à sociedade.
2) O Brasil não tem uma classe média bem estabelecida, ou um acesso à instrução garantido à qualquer camada populacional. FC é uma manifestação cultural de, pelo menos, classe média. Falta então público com referencial e identificação para apreciá-la.
3) Esoterismo. A religião Espírita desenvolveu-se, aparentemente, no Brasil mais do que em outros países, vindo com uma linguagem cientificista - 'evolução', vida inteligente em outros planetas, planos de existência - e um "sense of wonder" bastante semelhante à de obras de FC. Racionaliza-se a alma, as possibilidades de múltiplas vidas, etc. Do Espiritismo em diante, de suas raízes com métodos e qualquer instrumentação que se tentou desenvolver para estudar os mistérios da alma; indo para o mais desvairado esoterismo, do tipo Ashtar Sheram e quetais, acrescenta-se então uma dimensão humana que a FC tradicionalmente não trata, dando um aspecto 'menor' à esta forma de literatura. Temos, na verdade, um substituto para a FC na literatura esotérica de modo geral.
Talvez a literatura de FC brasileira, para sair do nicho, tenha que eternamente por elementos de misticismo, "cristais" e coisas do tipo -- até por causa dos dois itens acima. Ou é "coisa de americano".
Ok, então isso é ruim? Não necessariamente. Não é a minha FC, decerto. Claro, autores, individualmente, sempre podem surpreender.
Comentários? Idéias?
1) O Brasil é um país de industrialização tardia, que acabou por não conseguir imprimir uma 'cultura tecnológica' que tenha passado à sociedade.
2) O Brasil não tem uma classe média bem estabelecida, ou um acesso à instrução garantido à qualquer camada populacional. FC é uma manifestação cultural de, pelo menos, classe média. Falta então público com referencial e identificação para apreciá-la.
3) Esoterismo. A religião Espírita desenvolveu-se, aparentemente, no Brasil mais do que em outros países, vindo com uma linguagem cientificista - 'evolução', vida inteligente em outros planetas, planos de existência - e um "sense of wonder" bastante semelhante à de obras de FC. Racionaliza-se a alma, as possibilidades de múltiplas vidas, etc. Do Espiritismo em diante, de suas raízes com métodos e qualquer instrumentação que se tentou desenvolver para estudar os mistérios da alma; indo para o mais desvairado esoterismo, do tipo Ashtar Sheram e quetais, acrescenta-se então uma dimensão humana que a FC tradicionalmente não trata, dando um aspecto 'menor' à esta forma de literatura. Temos, na verdade, um substituto para a FC na literatura esotérica de modo geral.
Talvez a literatura de FC brasileira, para sair do nicho, tenha que eternamente por elementos de misticismo, "cristais" e coisas do tipo -- até por causa dos dois itens acima. Ou é "coisa de americano".
Ok, então isso é ruim? Não necessariamente. Não é a minha FC, decerto. Claro, autores, individualmente, sempre podem surpreender.
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