Assisti a O Último Mestre do Ar e As Múmias do Faraó. O primeiro é a adaptação cinematográfica por M. Night Shyamalan da primeira temporada, fique claro, da série animada Avatar - A Lenda de Aang, aqui no Brasil tendo passado na Nickelodeon e Globo. O segundo nome, podre aliás, é para Les aventures extraordinaires d'Adèle Blanc-Sec, dirigido por Luc Besson, espécie de mestre do cinema pop francês, que nos deu pérolas como o original Nikita, Imensidão Azul e O Quinto Elemento.
De Avatar, vamos lá. Eu me considero um grande fã da série, e venho desgostando dos filmes Shyamalan desde que ele cometeu Sinais. Quando soube que ele iria dirigir isto, passei um ano dizendo, 'ou isto vai ser muito bom, ou vai ser uma bomba federal'. Bem, curiosamente, nem tanto ao céu, nem tanto à terra. Claro, minhas expectativas estavam no chão, especialmente depois que ouvi a vociferação coletiva contra este filme.
O que eu posso dizer é:
1) Mesmo se levando em conta os problemas de adaptação de obras mais longas - afinal, a mídia básica é a mesma: uma tela, e com os efeitos digitais de hoje em dia a linguagem de animação nem difere tanto assim da filmada -, o que temos é um excesso de informações. O filme parece truncado: muitos personagens que não são exatamente apresentados, muitas tramas apenas sugeridas, muitos relacionamentos não desenvolvidos. Lá pelas tantas, o filme me deu a impressão que eu estava assistindo um trailer de algo muito, muito mais longo. Um trailer, entretanto, de 1:40h de duração. E teria ainda que ver com quem não conhece a série, mas deu a impressão que era um filme para iniciados.
2) Visualmente é um desbunde. Representa excelentemente o que nos é mostrado na série. Mas isso diz que o visual é do cacete, não uma história.
3) O elenco, talvez pelo esquema truncado, não me pareceu convincente. Isso é meio ruim, acho, quando atores de carne e osso não conseguem te convencer que são aqueles personagens... de desenho animado.
O jeito é esperar pela próxima série, já anunciada, creio. A má recepção parece ter cancelado planos de se filmar as outras temporadas.
De ... d'Adèle Blanc-Sec, temos uma divertidíssima aventura na Paris dos 1911, bem-humorada e de ritmo acelerado, envolvendo uma valente novelista que busca resolver uma tragédia pessoal, envolvendo-se com múmias redivivas e pterodátilos. É baseado em uma HQ dos anos 70, belga, de mesmo nome, conforme a wiki. Aviso aos babões de plantão e pais preocupados: a tetéia que é personagem-título paga um peitinho básico, numa cena que destoa de todo o resto do filme. Ah, franceses. Pareceu ser o início de alguma franquia no cinema.
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